quinta-feira, 8 de julho de 2010



Vários pensadores em diferentes épocas abordaram especificamente assuntos sobre a ÉTICA: Os pré-socráticos, Aristóteles, os Estóicos, os pensadores Cristãos (Patrísticos, escolásticos e nominalistas), Kant, Espinoza, Nietzsche, Paul Tillich etc.

Alguns diferenciam ética e moral de vários modos:
1. Ética é princípio, moral são aspectos de condutas específicas;
2. Ética é permanente, moral é temporal;
3. Ética é universal, moral é cultural;
4. Ética é regra, moral é conduta da regra;
5. Ética é teoria, moral é prática.

Aristóteles é o criador da disciplina filosófica da Ética. Em sua Ética Aristóteles preocupa-se, acima de tudo, com o bem humano. Esse bem, segundo ele, é determinado por dois fatores:
Um fator bastante constante, a natureza humana, que se constitui de uma série de elementos corporais ligados a uma forma dinâmica por ele chamada de alma (psyché, donde se origina o adjetivo psíquico).
Um segundo fator variável, o conjunto de circunstâncias concretas, chamadas pelos gregos de ocasião.

A ética dos estóicos é uma teoria do uso prático da Razão. O ser humano deve viver de acordo com a natureza, segundo os estóicos.

Como muitos outros filósofos, Kant pensava que a moralidade pode resumir-se num princípio fundamental, a partir do qual se derivam todos os nossos deveres e obrigações. Chamou a este princípio «imperativo categórico». Na Fundamentação da Metafísica dos Costumes (1785)

Nietzsche faz uma pesada crítica a uma ética fundada no conhecimento e na unidade. Uma ética como a que nós conhecemos bem e muitas vezes seguimos, seja confundindo com moral, seja com medo do inferno ou dos outros.

"A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta".(VALLS, Álvaro L.M. O que é ética. 7a edição Ed.Brasiliense, 1993, p.7)

-- Mais definições...

Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda, ÉTICA é "o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto".

Ética (do grego ethos, que significa modo de ser, caráter, comportamento) é o ramo da filosofia que busca estudar e indicar o melhor modo de viver no cotidiano e na sociedade. Diferencia-se da moral, pois enquanto esta se fundamenta na obediência a normas, tabus, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar o bom modo de viver pelo pensamento humano.

Na filosofia clássica, a ética não se resume ao estudo da moral (entendida como "costume", do latim mos, mores), mas a todo o campo do conhecimento que não é abrangido na física, metafísica, estética, na lógica e nem na retórica. Assim, a ética abrangia os campos que atualmente são denominados antropologia, psicologia, sociologia, economia, pedagogia, educação física, dietética e até mesmo política, em suma, campos direta ou indiretamente ligados a maneiras de viver.

Porém, com a crescente profissionalização e especialização do conhecimento que se seguiu à revolução industrial, a maioria dos campos que eram objeto de estudo da filosofia, particularmente da ética, foram estabelecidos como disciplinas científicas independentes. Assim, é comum que atualmente a ética seja definida como "a área da filosofia que se ocupa do estudo das normas morais nas sociedades humanas" e busca explicar e justificar os costumes de um determinado agrupamento humano, bem como fornecer subsídios para a solução de seus dilemas mais comuns. Neste sentido, ética pode ser definida como a ciência que estuda a conduta humana e a moral é a qualidade desta conduta, quando julga-se do ponto de vista do Bem e do Mal.

A ética também não deve ser confundida com a lei, embora com certa frequência a lei tenha como base princípios éticos. Ao contrário do que ocorre com a lei, nenhum indivíduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos, a cumprir as normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas; por outro lado, a lei pode ser omissa quanto a questões abrangidas no escopo da ética.

Modernamente, a maioria das profissões têm o seu próprio código de ética profissional, que é um conjunto de normas de cumprimento obrigatório, derivadas da ética, freqüentemente incorporados à lei pública. Nesses casos, os princípios éticos passam a ter força de lei; note-se que, mesmo nos casos em que esses códigos não estão incorporados à lei, seu estudo tem alta probabilidade de exercer influência, por exemplo, em julgamentos nos quais se discutam fatos relativos à conduta profissional. Ademais, o seu não cumprimento pode resultar em sanções executadas pela sociedade profissional, como censura pública e suspensão temporária ou definitiva do direito de exercer a profissão.

Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ética

http://www.mundodosfilosofos.com.br/vanderlei18.htm

http://pt.shvoong.com/law-and-politics/1711953-%C3%A9tica-em-arist%C3%B3teles/

http://valberto.multiply.com/journal/item/107?&show_interstitial=1&u=%2Fjournal%2Fitem

(Henrique César Vasconcelos Mendes)

3 comentários:

  1. A forma como o ser humano pensa sobre como deve agir para alcançar resultados que façam bem para ele faz parte do comportamento ético, como ele vive normalmente obedecendo o que é moralmente aceito pela sociedade, essa forma de pensar pode causar várias mundanças no comportamento humano e nas regras sociais, então a ética e a moral corroboram o modo como cada pessoa se constrói.

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  2. Atualmente as informações confidenciais das empresas constituem um valioso patrimônio. Não só informações privilegiadas podem ser consideradas importantes, até mesmo informações não púbicas que possam ser úteis aos concorrentes geram grandes prejuízos quando ocorre divulgação não autorizada por funcionário da companhia. Nas companhias multinacionais quase sempre os funcionários que tem acesso a tais informações são obrigados a assinar um código de conduta e ética profissional interno.

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  3. Uma boa educação é a chave para uma pessoa possa conviver em sociedade e que possa se adequar as regras de boa convivência. A historia do "jeitinho brasileiro" é só mais um fato que mostra o quanto o Brasil é deficiente em educação. Precisamos nos empenhar mais em cobrar de nós mesmos uma boa educação. Enquanto pensarmos que tudo tem um "jeitinho" ou "se ele pode eu também posso" ou "só dessa vez" todos esses argumentos só baixam o nível da nossa sociedade. Para depois não nos queixarmos dos nossos políticos serem corruptos ou que os médicos não respeitam os pacientes.

    [José Vitor Barroso Pontes]

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