quinta-feira, 27 de maio de 2010

Tecnologia x emprego


A partir da década de 70 as novas tecnologias da informação já se apresentavam em âmbito internacional, substituindo as tecnologias intensivas em material e energia de massa, características do ciclo do petróleo. Nesse cenário marcado por mudanças cruciais a necessidade de informação sobre futuros desenvolvimento tornou-se ainda mais vital. O acesso a uma base de informações e conhecimento cientifico e tecnológico, que se constitua numa vantagem no passado passou-se uma necessidade fundamental no presente. A acelerada disponibilização das novas tecnologias aponta para uma era de crescente globalização, inclusive tecnológica. Isso acontece dado ao caráter do processo de geração, transmissão e difusão das tecnologias. Mas nada disso funciona ou funcionará bem se as pessoas não participarem dessa tecnologia.
Os empresários muitas vezes perdem milhões ou até a própria empresa por esquecer um principio simples que rege as leis de convivências: as coisas só acontecem, na empresa, na escola de samba, no partido comunista, no governo ou em qualquer grupo, se as pessoas envolvidas quiserem que aconteça. As mudanças em curso podem gerar impactos e efeitos na economia mundial, tanto para os mercados internos e externos, já que a difusão das novas tecnologias acontece em escala mundial. Nesse caso, os principais movimentos que caracterizam as novas tecnologias são fortemente centrados nos países mais desenvolvidos que marginalizam os menos desenvolvidos inclusive o Brasil

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Muitos acreditam que a tecnologia é um dos principais causadores do desemprego. O processo de automação retira muitos postos de trabalho, e a grande maioria destes desempregados não tem como acompanhar tais evoluções. A tecnologia também é geradora de mão-de-obra mais qualificada, porém esse número é geralmente menor que dos postos excluídos.

A solução para o problema do desemprego gerado está na requalificação dos trabalhadores em geral, porém, tal requalificação custa caro, quando é possível.

Um caso atual é o da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) que veio para ser um avanço para facilitar a vida do contribuinte e as atividades de fiscalização. O documento fiscal eletrônico substituirá a emissão do documento fiscal em papel. Isso está se transformando em uma ameaça a indústria gráfica. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria Editorial de Formulários Contínuos e de Embalagens no Estado do Ceará (Unigráfica), essa iniciativa do governo federal deve causar a demissão de mais de 3 mil trabalhadores somente no estado do Ceará. A estimativa é que as pequenas e médias empresas do setor não suportem, isso significa a falência de mais de 50% das gráficas que trabalham com emissão de notas fiscais.

A curto prazo, o progresso técnico muda a composição qualitativa e setorial do emprego e, portanto, provoca um desemprego transitório de adaptação.

Nem mesmo essa forma de emprego deve ser evitada de qualquer jeito.

Não se deve evitar de todo jeito o desemprego de adaptação, mas, sim, administrá-lo com programas de reconversão, para os poucos suscetíveis de adaptar-se, e de amparo financeiro, para a grande maioria. A “teoria da compensação” procura estudar o impacto da tecnologia sobe o emprego a longo prazo e pode formular-se na seguinte proposição: o efeito negativo direto da introdução do progresso é compensado pelo crescimento indireto do emprego. As comparações internacionais permitem-nos sugerir que não existe uma correlação necessária entre tecnologia avançada e taxas de desemprego elevadas. As economias mais avançadas do ponto de vista da tecnologia têm desemprego menor que países quase totalmente descapitalizados.

Fontes:

http://www.google.com.br/images

http://www.ibge.gov.br/home/

http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/informacao-em-tempos-de-globalizacao-a-transformacao-da-sociedade/14126/

http://www.sfiec.org.br/portalv2/sites/jornal/home.php?st=listinfo&conteudo_id=3173


3 comentários:

  1. A adoção tecnológica, em especial as novas técnicas ligadas à automação e robotização nos processos industriais, resultam em menor uso de recursos humanos, ou seja, a tecnologia permite produzir mais com menos mão-de-obra. Com isso a indústria emprega cada vez menos, resultante do uso de tecnologia. Mas, se de um lado, o setor industrial desemprega, por outro lado, o setor terciário passa a ser cada vez mais o grande empregador, haja vista que mais da metade das pessoas ocupadas no Brasil tem emprego nesse setor.

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  2. O PNAD apresenta resultados de pesquisas realizados no Brasil abrangendo características gerais da população, migração, educação, trabalho, rendimento, fecundidade, família e domicílios.
    Alguns desses resultados são que as famílias ficaram menores por ter mais pessoas morando só, mais pessoas se declaram de cor parda, os brasileiros estão vivendo mais, principalmente as mulheres e são maioria na população, o trabalho infantil caiu, o rendimento médio dos brasileiros que têm ao menos um trabalho remunerado cresceu e esse aumento dá mais acesso aos bens de consumo, no Brasil, 82,1 das pessoas tem telefone e houve um declínio da telefonia fixa, o computador também está aparecendo mais nas residências do país.Alguns problemas do passado ainda persistem no século 21, muitos moradores ainda dependem de poços, nascentes, carros-pipa ou da chuva para beber água, cozinhar e tomar banho e várias casas não têm nenhum tipo de escoamento de esgoto.Em relação à educação o índice de analfabetismo caiu pouco.
    Estudos recentes do PNAD foram reunidos com o de outros pelo IPEA para demonstrar o alto grau de concentração da internet banda larga nas regiões mais ricas e algumas das informações obtidas foi que mais da metade das casas com computador está no Sudeste e o Brasil paga dez vezes mais por banda larga do que países desenvolvidos, então poucas pessoas têm acesso à tecnologia, apesar de muitos terem telefones e a quantidade de computadores por casa ter aumentado, e em relação aos países desenvolvidos ainda estamos muito atrasados tecnologicamente.Provavelmente no futuro quem não estiver incluído digitalmente terá ainda mais dificuldades para conseguir um emprego e o que mostram algumas pesquisas feitas no Brasil é que a tecnologia ainda não está acessível para a maioria da população.

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  3. Como o texto falou tudo, o que podemos ressaltar é que realmente trabalhadores precisam de uma mão-de-obra "mais qualificada", vamos dizer assim.
    São poucos os que têm, ou conquistam, e esses poucos que fazem a diferença no mercado de trabalho atualmente.
    A acelerada modernização faz com que as coisas úteis um tempo atráz não sejam de grande utilidade e os empregos não ficam fora desse descarte.
    Mais esse desemprego é transitório, em uma civilização buscando a sobrevivência as formas de adapatação são várias, isso que nos torna uma sociedade! ;]

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